Cirurgia
Bariátrica ou Gastroplastia
Esse
tipo de operação é
praticado no Brasil há 20
anos, e cada vez mais há
pacientes que passam por ele – o
país já é o
segundo no mundo em número
de pacientes.
A
cirurgia bariátrica vem sendo apresentada, em algumas ocasiões, como a “solução
ideal” para casos de obesidade grau III. É importante observar que existem
restrições até a completa recuperação do paciente.
A
recomendação é para pacientes com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior
que 40, ou igual ou maior que 35, caso ele tenha comorbidades associadas à
obesidade, como diabetes, hipertensão, dislipidemias. A cirurgia também é
indicada em pacientes com idade entre 18 e 65 anos e história de tratamentos
clínicos, por pelo menos 1 ano, sem sucesso.
É contra indicado para pacientes com doenças graves como, cirrose hepática, doenças renais, psiquiátricas, vícios (droga, alcoolismo), disfunções hormonais.
Há
basicamente três tipos de bariátrica: a que apenas reduz o estômago, a que
diminui e modifica um pouco o curso do intestino e a que reduz e altera muito o
curso intestinal. Esse desvio permite que o intestino absorva menos gordura,
além de estimular a produção de hormônios que diminuem a fome e melhoram a
diabetes.
GASTRECTOMIA VERTICAL - Reduz
o Estômago. A cirurgia de gastrectomia vertical (Sleeve), consiste em
transformar o estômago num tubo cilíndrico e bloquear a maior parte da produção
de grelina pelo fundo do estômago que é removido.
A gastrectomia vertical não altera o
caminho seguido pelos alimentos, mas elimina a porção ociosa do estômago. Essa
parte, equivalente a cerca de 80% do estômago, é cortada e retirada – o que
torna a cirurgia, evidentemente, irreversível. Como o corte é feito ao longo do
estômago, ele vira um tubo gástrico que segue do esôfago ao duodeno, na sua
sequência normal. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia (no meu caso foram
4 furinhos de 1 cm + 1furinho de 3 cm, além de um para o dreno, de 1 cm).
Vantagens:
- Procedimento rápido e sem disabsorção
intestinal;
- Não é necessário tomar suplementos;
- Baixo índice de complicações;
- Inexistência da síndrome de Dumping..
Desvantagens:
- Pior manutenção de peso quando
comparada a que combina algum método de disabsorção.
- É necessária a ressecção de uma
porção do estômago
DISABSORTIVA - A que diminui e modifica
um pouco o curso do intestino, é mais liberdade ao paciente de comer maior
quantidade de alimentos, pois o estômago não fica tão pequeno, fica com mais ou
menos 2/3 do seu tamanho. O emagrecimento se da através do grande desvio do
alimento indo para o intestino grosso.
Vantagens:
- Melhor manutenção de peso a longo
prazo
- preservação da capacidade de uma
alimentação adequada
Desvantagem:
- Deficiência grave de vitaminas e
minerais
- Desnutrição, diarréia, flatulência.
A GASTROPLASTIA REDUTORA EM Y DE
ROUX é um processo cirúrgico que reduz drasticamente o volume do estômago,
reduzindo, conseqüentemente, a capacidade gástrica e o volume de ingestão de
alimentos e altera muito o curso intestinal. Como resultado, a pessoa ingere
pequena quantidade de alimentos, correspondente à nova dimensão do estômago
ajustado pela cirurgia, fazendo com que a pessoa tenha a sensação de saciedade
com pouco alimento, o que inibe a fome. Dessa forma, num prazo de 1 ano à 1 ano
e meio, a pessoa reduz de 30 à 40% de seu peso atual, emagrecendo
equilibradamente até alcançar o peso ideal, quando naturalmente a pessoa pára o
processo de emagrecimento por já haver adequado o volume de ingestão de
alimentos à sua necessidade diária.
Vantagens:
- Grande perda e made peso
- Melhor nutenção do peso
- Muito bem tolerada pelos pacientes
- Poucas complicações a longo prazo.
Em todos os casos o paciente deverá,
obrigatoriamente, ter pleno conhecimento das características, necessidades,
riscos e limitações de cada cirurgia. Ele deverá participar de reuniões com a
equipe multiprofissional e com pacientes já operados para poder ter certeza da
sua decisão.
Todo cirurgião tem uma equipe
multidisciplinar composta por endocrinologista ou clínico geral, nutricionista,
psiquiatra e psicólogo.
Os cuidados a serem tomados antes e
durante da operação, depende de cada caso, mas há uma regra geral: avaliação
clínico-laboratorial com exames de sangue, radiografia de tórax,
ultra-sonografia e ou tomografia do abdômen, avaliação cardiológica, endoscopia
digestiva e pesquisa de H. Pylori e avaliação de função respiratória que será
quão mais aprofundada quanto mais obeso ou complicado seja o caso. Caso o
paciente tenha alguma doença que necessite tratamento e controle prévio a
cirurgia será adiada até que se obtenha a melhor condição clínica.
Após a cirurgia o paciente já sai do
hospital, em média, com menos dois quilos. Nos primeiros meses, a redução no
peso chega ser de sete a oito quilos. Os pacientes com quadro de diabetes
melhoram imediatamente, chegando a reduzir ou interromper o uso de insulina
(diabetes tipo 2). A complicação mais difícil de ser tratada é a pressão
arterial. Ela demora mais a estabilizar e o paciente não interrompe o uso de
medicamentos.
Em relação a alimentação pós cirurgia,
se da através de uma dieta. A expressão correta não é "fazer dieta".
Os pacientes necessitarão uma orientação nutricional para evoluírem de uma
alimentação líquida para pastosa e, depois, para sólida. Há a necessidade de
suplementar a dieta com compostos ricos em proteínas nos primeiros dias ou
meses, cuidadosa orientação para os alimentos que podem causar
"impactação" e orientação permanente para uma alimentação com os
vários micronutrientes e macronutrientes. Isto varia de paciente para paciente.
Em alguns posso necessitar suplementar mais cálcio, em outro ferro e vitamina
B, etc.
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